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Vermicompostagem Victor Rezendes
 
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A lombricultura moderna, denominada, vulgarmente, como a criação de minhocas (minhocultura), inventada e praticada há mais de 60 anos nos Estados Unidos da América, Continua...
Victor Rezendes – Engenheiro de Produção Animal. AGRAÇOR
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Engenheiro de Produção Animal
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A lombricultura moderna, denominada, vulgarmente, como a criação de minhocas (minhocultura), inventada e praticada há mais de 60 anos nos Estados Unidos da América, há mais de 30 no Japão e Europa e na Itália desde há cerca de 25 anos, é uma acção biológica, pela qual o Homem retira proveitos económicos e rectifica, no possível, excessos cometidos contra a natureza.

Aristóteles, já há 2000 anos, denominava a minhoca de “Arado da Natureza” ou “Intestino do Mundo”.

Actualmente, a criação intensiva deste verme, alimentados com matéria orgânica facilmente biodegradável (matéria prima), como os dejectos de bovinos e suínos, por exemplo, e por material em decomposição, constituem um elemento de produção de fertilizante orgânico de elevada qualidade (Húmus).

Este humilde animal, divide-se em cerca de 8500 espécies diferentes, das quais, só uma nos interessa, na produção de húmus – a minhoca vermelha da Califórnia – por ser a única capaz de ser criada em cativeiro e/ou directamente no solo, por se tratar de um verme prolífico, resistente a altos teores em matéria orgânica e a grandes amplitudes térmicas, desempenhando, deste modo, diversos papéis no equilíbrio do solo.

Na Agraçor, Suínos dos Açores S.A., o reconhecimento das características e faculdades destes vermes, proporcionam que, as lamas de depuração das águas residuais, tal como as lamas do digestor, sejam encaminhadas para valorização orgânica por vermicompostagem, produzindo húmus (fertilizante orgânico) - efluente sólido.

Os sólidos resultantes da separação das lamas digeridas, por acção de uma centrífuga e com o auxílio de um polímero floculante, são recolhidos num reboque e depositados num espaço coberto e arejado, durante cerca de 30 dias, de forma que, se permita o seu total arrefecimento e a sua eficaz neutralização/inatividade bacteriológica.

Posteriormente, estes sólidos são ministrados em canteiros, com 70 m de comprimento e 2 m de largura, até cerca de 1 m de altura.
Na primeira camada destes canteiros, são incorporados os resíduos de papel e cartão produzidos na unidade pecuária, em mistura com o referido sólido, servindo assim, de alimento às minhocas, que transformam a matéria orgânica residual, em Húmus (vermicompostagem). Esse alimento é ministrado de 21 em 21 dias, em camadas de 15 a 20 cm.

As minhocas digerem esse alimento (de baixo para cima, de cada camada), atingindo a altura de 1 m, após o qual é retirado o composto (húmus), encaminhando-o para uma estufa, onde será efectuada a sua secagem, crivagem, ensacamento e acondicionamento em paletes, para transporte aos locais de comercialização.
O húmus produzido, nesta unidade, é vendido a granel, ensacado ou consumido na própria unidade pecuária, para a produção de forragens, utilizadas na alimentação animal.

O húmus de minhoca, com todas as particularidades que possui, é o resultado do produto trabalhado pela mão da natureza, para a servir, através das leis naturais, estabelecendo, deste modo, o seu equilíbrio biológico.

Victor Rezendes – Engenheiro de Produção Animal
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