A ilha de São Jorge formou-se por sucessivos episódios de vulcanismo fissural basáltico, ao longo de um sistema de fraturas com orientação geral ONO-ESE - daí a forma alongada e estreita da ilha - de que resultou a formação de uma extensa cordilheira vulcânica com cerca de 54 km de comprimento.
Aquelas fraturas e os alinhamentos vulcânicos associados à cordilheira vulcânica central da ilha são na sua maioria definidos por cones de escórias e de spatter e fissuras eruptivas.
É sobretudo na metade ocidental da ilha, geologicamente mais recente, que se observa o maior número e os mais bem preservados cones vulcânicos (cerca de 150 no total), usualmente com uma ou mais crateras no topo e onde é frequente encontrar pequenas lagoas, charcos temporários ou turfeiras.
Alguns destes cones exibem algares vulcânicos, como é o caso do Algar do Morro Pelado (ou Algar do Montoso), com 140 metros de profundidade, o mais profundo do arquipélago. Dadas as suas dimensões e caraterísticas, estas cavidades vulcânicas devem ser exploradas apenas por espeleólogos experientes e na posse de material adequado.
De entre os cones que integram a cordilheira vulcânica central destacam-se o Pico da Esperança (formado há cerca de 5300 anos e que constitui o ponto de maior altitude da ilha, com 1053 m) e o Pico do Areeiro, responsável pela formação da fajã lávica do Ouvidor, há cerca de 2530 anos atrás.
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