O Centro de Interpretação Ambiental da Caldeira Velha é uma estrutura vocacionada para a promoção do património natural da área classificada como Monumento Natural da Caldeira Velha, ao abrigo do Decreto Legislativo Regional n.º 19/2008/A, de 8 de julho, que cria o Parque Natural de São Miguel.
O edifício tem, entre outras valências, a função primordial de divulgar os intrínsecos valores ambientais, permitindo ao visitante descobrir “ in loco ” as especificidades deste local de interesse, tornando-o um espaço complementar de educação informal, ao mesmo tempo que oferece uma vasta rede de recursos e promove uma componente turística.
O projeto, da autoria da arquiteta Ana Laura Vasconcelos, foi pensado de modo a articular as questões funcionais e colmatar a ausência de serviços, como é o caso de instalações sanitárias, vestiários, um espaço informativo, cafetaria, entre outros. Concentrado num espaço envolvido por uma paisagem natural, o edifício destaca-se como um “objeto colocado na paisagem” que se adapta à vegetação e pedras existentes, conferindo-lhe uma imagem orgânica, mas coerente com o lugar.
Conceptualmente é um espaço de variados contrastes: entre o claro e o escuro, entre materiais leves e pesados, entre a luz natural e artificial, o opaco e o translúcido. Funcionalmente, dá origem a um percurso interno, numa sucessão de espaços: entrada, informação, exposição e sala polivalente. Através de um acesso exterior independente, o visitante acede aos vestiários e instalações sanitárias.
Ao nível dos conteúdos e recursos facultados, a exposição prende o visitante pelo contraste entre o estático (painéis informativos) e o dinâmico (molduras digitais), conduzindo-o numa viagem pela origem vulcânica das ilhas, em específico pelo Vulcão do Fogo, pela informação generalizada da ilha de São Miguel, no que concerne aos geossítios e parque natural de ilha, com especial enfoque para os localizados na Ribeira Grande, designadamente a área de Monumento Natural da Caldeira velha, no que diz respeito à biodiversidade, geodiversidade, geotermia e o termalismo.
Este espaço complementar de educação informal convida ainda o visitante a mexer, descobrir, procurar e experimentar, pelo que disponibiliza recursos ao nível da flora e rochas vulcânicas.
Ana Laura Vasconcelos e Paulo Garcia
Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática |