O Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo foi concebido de modo a permitir ao visitante conhecer a história geológica, biológica, paisagística e humana das Fajãs de São Jorge, em especial, das Fajãs da Caldeira de Santo Cristo e dos Cubres. O edifício resulta da reconstrução de uma antiga habitação e respetivo palheiro, projetado pela Arquiteta Ana Laura Vasconcelos, que manteve a fachada original e tradicional. O palheiro funciona como casa de apoio enquanto a habitação é o edifício principal que alberga a exposição.
O edifício principal é composto pelo rés-do-chão e 1º andar. No rés-do-chão, na área de receção, poderá disfrutar de uma área de descanso, de uma área infantil ou ver a recriação de um antigo forno, decorado com réplicas de utensílios acompanhadas por uma pequena descrição. No 1º andar, na sala de exposição, o visitante tem acesso à caracterização geográfica e geológica da ilha de São Jorge, assim como das tipologias das fajãs. Esta perspetiva permite a compreensão de algumas peculiaridades deste sítio enquanto a maqueta do território da Fajã da Caldeira de Santo Cristo facilitará a apreensão dessa informação. Seguem-se diversos painéis sobre as lagoas e ribeiras, a Furna do Poio, a flora local, as algas e briófitos e por fim os líquenes. Nestes painéis as fotografias expostas permitem visualizar, entre outros, alguns dos exemplares locais mais comuns. Dando continuidade à informação, também poder-se-á descobrir e explorar alguns dos espécimes mais representativos desta fajã. As molduras, dispostas em redor, transmitem alguma informação essencial sobre a geologia, a flora, as amêijoas e as aves marinhas.
Depois de se conhecer a história geológica e biológica deste pedaço de terra, será a altura de se falar sobre as gentes das fajãs. Neste espaço poderão ser visualizados alguns documentários, testemunhos vivos de um dos mais impressionantes acontecimentos vividos nos anos 80: “Terramoto de 1 de Janeiro de 1980 - Evacuação da fajã da Caldeira de Santo Cristo”, bem como “Fajãs do Tempo” uma aprazível viagem pelas paisagens locais e pelas pessoas das fajãs, dois documentários realizados por Paulo Henrique Silva. Também está patente neste Centro outro documentário interessante: “Caminhos do Tempo”, de carácter etnográfico, realizado por Brandão Lucas.
Para finalizar esta viagem existe um livro onde se encerram pedacinhos de vida de todos os dias, sorrisos e lágrimas, imaginação e resistência. Uma simbiose amigável, entre a terra e as pessoas, cuja beleza não pode deixar de emocionar qualquer visitante.
Outra forma de percorrer e de dar continuidade a esta viagem é através da realização dos trilhos e observação das mais belas e agradáveis paisagens.
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