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Vulcão do Caldeirão do Corvo João Carlos Nunes
ILHA DO CORVO
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A ilha do Corvo é a mais pequena dos Açores (com apenas 17 km2) e, com a ilha das Flores, integra o Grupo Ocidental do arquipélago. Continua...
João Carlos Nunes – Geólogo
Universidade dos Açores
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Geólogo – Universidade dos Açores
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A ilha do Corvo é a mais pequena dos Açores (com apenas 17 km2) e, com a ilha das Flores, integra o Grupo Ocidental do arquipélago. Está implantada na placa tectónica Norte Americana, a cerca de 110 km para Oeste do Rift Médio Atlântico.
Toda a ilha corresponde a um edifício vulcânico poligenético, com uma caldeira no seu topo (o Caldeirão) e cerca de uma vintena de cones secundários nos seus flancos e intra-caldeira. Trata-se, assim, de uma “ilha-vulcão”, a única do arquipélago com estas características.
Apesar da sua reduzida dimensão, a ilha do Corvo apresenta uma assinalável diversidade de rochas e estruturas geológicas e vulcânicas, incluindo basaltos, traquitos, pedra pomes, escórias (ou bagacina) e lahars, falhas geológicas, depósitos sedimentares actuais, cordões litorais e inúmeros filões. Estes últimos, de tamanho, forma e orientação variadas, são especialmente visíveis nas falésias costeiras Norte e Oeste da ilha do Corvo.
O Caldeirão é o principal elemento vulcânico e paisagístico da ilha. Esta caldeira, com um diâmetro máximo de 2,3 km e profundidade de 320 metros, possui uma lagoa e no seu interior estão implantados 12 cones secundários, na sua maioria cones de escórias.
Dada a erosão marinha a que está sujeito, a natureza dos seus produtos vulcânicos e ao facto desta ilha não possuir vulcanismo histórico nem qualquer actividade vulcânica recente (isto é, nos últimos milhares de anos), o litoral da ilha do Corvo apresenta-se muito escarpado e alto, com excepção da fajã lávica de Vila do Corvo, onde ocorreu a última erupção vulcânica na ilha.

João Carlos Nunes – Geólogo
Universidade dos Açores